Na última sexta-feira, dia 16 de agosto, tive uma reunião no escritório da Estrela, em São Paulo, para tratar da parceria da Estrela com o Brajoes, o Fã Clube dos Colecionadores de Comandos em Ação, Falcon e G.I. Joe, do qual faço parte há duas décadas e o qual hoje presido. Essa parceria é focada na Convenção Brajoes desse ano, que ocorrerá dia 7 de setembro.
A Estrela nos deu alguns Falcons Explorador, Turbocóptero e Salto Fantástico para ações de sorteio e premiação das atividades do evento e algumas dessas ações já estão ocorrendo.
Mais detalhes da Convenção Brajoes vocês conseguem no evento no Facebook:
Mas a reunião, além de confirmar essa parceria, que vem desde 2017, nos rendeu mais do que o esperado e recebemos uma série de informações sobre o futuro do Falcon na Estrela. Infelizmente, ainda não temos imagens desses lançamentos. Ainda. Conforme forem chegando as datas dos lançamentos, devemos receber atualizações.
Falcon Primus
No final de outubro para começo de novembro, sem data exata ainda, a Estrela lançará uma graphic novel do Falcon, uma história em quadrinhos contando a origem do primeiro Falcon. Essa história sai pela parte editorial da empresa, a Estrela Cultural.
Não temos detalhes da história em quadrinhos e pode ser que haja um evento de lançamento dessa graphic novel. Esperemos mais informações sobre a história com a proximidade do lançamento. Sabe-se que trará a origem do personagem, da cicatriz, do Torak e tudo mais.
Mas é interessante o desejo da empresa de, finalmente, explorar mais a mitologia em torno do Falcon e criar um background para as aventuras. Nos anos 80 tivemos 4 números de uma revista em quadrinhos e discos de vinil de aventuras contra o Torak.
Criar uma mitologia própria ajuda, também, a distanciar ainda mais o personagem de sua origem com a Hasbro, fixando o Falcon como um herói brasileiro. E isso é ótimo para nós, fãs.
Acompanhando esse lançamento, vira um boneco, o Falcon Primus.
Não será uma venda casada, podem ser adquiridos separadamente.
Sem detalhes sobre o boneco, sabemos que será uma edição limitada mas não será numerada e, conforme o modelo vigente, será disponibilizado primeiramente para os sócios do Fã Clube do Falcon Estrela e um segundo lote, depois, para público geral, somente para venda pelo e-commerce da Estrela.
A previsão é ser, novamente, uma tiragem de mil peças a ser disponibilizada em dois lotes de 500 peças.
Será de olhos pintados e não olhos de águia e não sabemos se será com ou sem barba, mas tudo indica que será o clássico barbado moreno.
Os Olhos de Águia
Para o fim do ano, com lançamento na semana da CCXP e na própria CCXP, como no ano passado, teremos não um, e nem dois, mas sim, três bonecos Falcon Olhos de Águia.
Serão três aventuras, tiragem limitada e numerada de cada um, um total de mil de cada. Sim, 3 mil Falcons no fim do ano. Preparem seus décimo terceiros...
Não temos detalhes sobre quais aventuras serão produzidas... Mas... durante a conversa escapou algo sobre uma das aventuras ser o ruivo agente secreto. Se for, é uma das aventuras mais desejadas, inclusive por mim, que não tive esse quando criança.
Meu primeiro Falcon foi o piloto do macacão azul, sem barba. Quando eu disse isso a informação foi anotada com muito interesse. Será que teremos um piloto do macacão azul?
No entanto, nenhum dos Falcon ODA será sem barba pois a informação é que o molde foi danificado e o boneco sem barba apresenta uma espécie de buraco no rosto e a barba esconde o buraco, mas inviabiliza a apresentação sem barba.
Veremos como será.
Buggy do Falcon
Ano passado meu amigo Ricardo Beluchi lançou um abaixo assinado para a Estrela trazer o falcon de volta. Inicialmente a mensagem foi: não.
E por que não?
Simplesmente porque o lançamento do jipe do Falcon flopou. Foi soprado um monte deles, virou promo exclusiva do e-commerce e não vendeu, tem um monte deles no estoque. E o receio é que o buggy iria para o mesmo caminho.
No entanto o modelo de limitado e numerado, a venda certa e cliente certo possibilitou esse projeto e, no ano que vem, em algum momento, teremos uma tiragem limitada do buggy do Falcon. Tudo indica que será de 500 peças ou menos e, provavelmente, só pra o Fã Clube do Falcon.
Mas teremos buggy. Se der certo, uma outra tiragem, de outro modelo, cor ou inspiração pode acontecer.
Eu vou comprar pelos menos dois. Não me importa a cor.
Projetos futuros
O modelos de venda do Fã Clube do Falcon se mostrou a única maneira de o Falcon se manter em produção no momento. É um brinquedo que atende o saudosismo e o resgate emocional de uma parcela razoável de público com bom pode aquisitivo e agora, com o número ajustado para atender esse mercado, a marca deve perseverar por algum tempo ainda, mesmo com resistência dentro da própria Estrela. Sabemos por diversas fontes que é um produto difícil de produzir, custoso em tempo e mão de obra e com um público que se tornou exigente. Às vezes até exigente além da conta. E nenhum diretor de planta fabril gosta de parar a produção de um pedido de 50 mil peças de qualquer coisa para produzir apenas mil peças de uma coisa qualquer. Tem custo de hora máquina, de mão de obra, compra de matéria prima reduzida, o que reduz o poder de barganha pela preço de lotes e tudo mais que quem trabalha no ramo industrial entende que não entre na cabeça de pessoas que se guiam mais pelo coração do que pela razão.
Mas o Falcon segue contando como simpatia de alguns grupos e dos donos do negócio que concordam que o modelo de e-commerce e venda direta funciona. Sem tempo de prateleira, sem tempo de estoque, pagamentos imediatos. O Falcon Nautilus teve 500 peças vendidas em menos de 3 horas. O segundo lote esgotou em menos de 7, fora do Clube. Assim, a Estrela fez um faturamento com o Falcon de cerva de 300 mil reais em menos de 12 horas. É um número expressivo para uma empresa que enfrenta todas as dificuldades que o mercado nacional de brinquedos oferece. Só esse esforço já é louvável.
Vários projetos estão em andamento e podemos ter a linha futurista de volta. Vários moldes estão sendo resgatados e as possibilidades estão sendo averiguadas tanto para lançar aventuras inéditas, aventuras repaginadas e também uma linha de aventuras vintage, exatamente como foram lançadas na época, para atender os saudosistas. Não haverá produção de moldes novos pelo custo impeditivo, mas o que puder ser restaurado com baixo custo e ser reutilizado, será. Quais os moldes encontrados e disponíveis? Saberemos quando surgirem.
As armas não serão inclusas, mesmo visando os colecionadores pois a visão da empresa sobre o assunto não será flexibilizada. A empresa não quer passar a mensagem errada sobre seu conceito de brinquedo. Algumas adaptações serão feitas. Discordando ou não do ponto de vista da empresa, a polêmica das armas no atual cenário nacional não é algo que a empresa deseja e vai evitá-la, sim.
Mas a pistola sinalizadora voltará pois é item de segurança e sobrevivência.
O projeto de cartelas de acessórios foi desengavetado e devemos ter novidades em breve.
Enfim, vamos aguardar os projetos futuros. E fiquemos felizes porque, sim, há um futuro para o Falcon.
Em tempo:
Não vai ter Condor, não tem molde. E não tem provisão de investimento para criar um molde caro para as peças do Condor. Então, sem Condor por impossibilidade técnica.
Errata: Foram publicadas 5 edições da revista em quadrinhos do Falcon nos anos 80, e não 4.